quinta-feira, 23 de agosto de 2018

EM DEFESA DA INSERÇÃO DA DISCIPLINA INTRODUÇÃO À NEUROEDUCAÇÃO

 Por Renaielma Queiroz Suzart

Diariamente, muitos de nós, pais, educadores, gestores etc., vivemos a investigar materiais e meios que nos deem base para melhor lidarmos com pessoas que apresentam algum tipo de dificuldade no processo de aprendizagem (dificuldades em Matemática, dificuldades em Português, dificuldades em Geografia, dificuldades em falar em público, dificuldades na leitura etc.); pessoas que, muitas vezes, mesmo com inteligência normal, têm algum obstáculo que as impede de desempenhar bem suas atividades (LEIBIG, 2010), como se elas estivessem dentro de um labirinto, meio perdidas, preocupadas, se sentindo incapazes e confusas.


A Neuroeducação, enquanto neurotecnologia de ponta, tem como um dos seus principais focos exatamente esse: dar a referida base. Eis por que Leibig (2010) defende a inserção da disciplina Introdução à Neuroeducação na grade curricular de formação de professores, disciplina esta que teria a duração de um semestre letivo e seria conduzida por professores especialistas em Neuroeducação - oportunidade ímpar no campo educacional, visto que daria aos educadores recursos mais do que significativos para lidarem com o contexto supracitado, no sentido de, inclusive, ficar perceptível para os alunos uma nova postura desses mesmos educadores.


Como neuroeducadora que teve Leibig como orientadora e educadora, sei da importância dessa proposta de inserção dessa disciplina, de modo que também defendo essa bandeira, principalmente porque sei como os recursos da Neuroeducação são tão positivos na vida de todas as pessoas que a eles tiveram/têm acesso. Por meio deles, obtêm/obtiveram um novo resultado em seu processo de aprendizagem (a exemplo de melhores notas) e uma nova condução de suas próprias vidas (a exemplo de mais autonomia e mais segurança nas situações em que eram exigidas a se posicionarem e a tomarem boas decisões).

Por conseguinte, como resultado, as instituições de ensino que contratam/contratarem esses educadores ganham/ganharão profissionais mais especializados e mais bem preparados, a ponto de eles influenciarem mais positivamente e/ou modificarem sobremaneira o processo de aprendizagem de muitos de seus alunos, minimizando e/ou extinguindo as dificuldades de aprendizagem destes, e, de fato, a ponto de potencializarem os dons, os talentos, as habilidades e as competências desses alunos. E não é esse o real papel da educação?

Fonte: Tenor

A ANANDA - Escola e Centro de Estudos, situada em Salvador (BA), é uma das escolas brasileiras que sabe e usa os referidos recursos da Neuroeducação, não só porque essa instituição contém, em seu quadro gestor e docente, muitos neuroeducadores, mas também porque os seus demais educadores (não neuroeducadores) recebem capacitação e/ou orientação básica para utilizarem esses recursos sempre que necessário.

Vale ressaltar que nem toda Neuroeducação mencionada aos quatro cantos do mundo é de fato Neuroeducação, sendo imprescindível a avaliação das especializações que assim se denominam, como uma grande responsabilidade das instituições de ensino que se proponham a ofertar a referida  disciplina.

REFERÊNCIA ÚNICA

LEIBIG, Susan (Org.). Neuroeducação para educadores e fundamentos. São Paulo: All Print Editora, 2010.

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FONTE DA IMAGEM


TENOR. Clap giff. <https://tenor.com/view/the-good-fight-clap-applause-yes-gif-12208946>. Acesso em: 23 ago 2018.

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